sexta-feira, 25 de agosto de 2017

26 DE AGOSTO - LEITURA BÍBLICA ANUAL - JÓ 39 E 40.

Jó 39

1"Você sabe quando
as cabras monteses dão à luz?
Você está atento quando a corça
tem o seu filhote?
2Acaso você conta os meses
até elas darem à luz?
Sabe em que época
elas têm as suas crias?
3Elas se agacham,
dão à luz os seus filhotes,
e suas dores se vão.
4Seus filhotes crescem nos campos
e ficam fortes;
partem, e não voltam mais.
5"Quem pôs em liberdade
o jumento selvagem?
Quem soltou suas cordas?
6Eu lhe dei o deserto como lar,
o leito seco de lagos salgados
como sua morada.
7Ele se ri da agitação da cidade;
não ouve os gritos do tropeiro.
8Vagueia pelas colinas
em busca de pasto
e vai em busca daquilo
que é verde.
9"Será que o boi selvagem consentirá
em servir você?
E em passar a noite ao lado dos cochos
do seu curral?
10Poderá você prendê-lo
com arreio na vala?
Irá atrás de você arando os vales?
11Você vai confiar nele,
por causa da sua grande força?
Vai deixar a cargo dele
o trabalho pesado
que você tem que fazer?
12Poderá você estar certo
de que ele recolherá o seu trigo
e o ajuntará na sua eira?
13"A avestruz
bate as asas alegremente.
Que se dirá então das asas
e da plumagem da cegonha?
14Ela abandona os ovos no chão
e deixa que a areia os aqueça,
15esquecida de que um pé
poderá esmagá-los,
que algum animal selvagem
poderá pisoteá-los.
16Ela trata mal os seus filhotes,
como se não fossem dela,
e não se importa se o seu trabalho
é inútil.
17Isso porque Deus
não lhe deu sabedoria
nem parcela alguma de bom senso.
18Contudo, quando estende as penas
para correr,
ela ri do cavalo
e daquele que o cavalga.
19"É você que dá força ao cavalo
ou veste o seu pescoço
com sua crina tremulante?
20Você o faz saltar como gafanhoto,
espalhando terror
com o seu orgulhoso resfolegar?
21Ele escarva com fúria,
mostra com prazer a sua força
e sai para enfrentar as armas.
22Ele ri do medo e nada teme;
não recua diante da espada.
23A aljava balança ao seu lado,
com a lança e o dardo flamejantes.
24Num furor frenético
ele devora o chão;
não consegue esperar
pelo toque da trombeta.
25Ao ouvi-lo, ele relincha:
'Eia!'
De longe sente cheiro de combate,
o brado de comando
e o grito de guerra.
26"É graças à inteligência que você tem
que o falcão alça voo
e estende as asas rumo ao sul?
27É por sua ordem
que a águia se eleva
e no alto constrói o seu ninho?
28Um penhasco é sua morada,
e ali passa a noite;
uma escarpa rochosa é a sua fortaleza.
29De lá sai ela em busca de alimento;
de longe os seus olhos o veem.
30Seus filhotes bebem sangue,
e, onde há mortos, ali ela está".

Jó 40

1Disse ainda o Senhor a Jó:
2"Aquele que contende
com o Todo-poderoso
poderá repreendê-lo?
Que responda a Deus
aquele que o acusa!"
3Então Jó respondeu ao Senhor:
4"Sou indigno;
como posso responder-te?
Ponho a mão sobre a minha boca.
5Falei uma vez,
mas não tenho resposta;
sim, duas vezes,
mas não direi mais nada".
6Depois, o Senhor falou a Jó
do meio da tempestade:
7"Prepare-se
como simples homem que é;
eu farei perguntas,
e você me responderá.
8"Você vai pôr em dúvida
a minha justiça?
Vai condenar-me para justificar-se?
9Seu braço é como o de Deus,
e sua voz pode trovejar como a dele?
10Adorne-se, então,
de esplendor e glória
e vista-se de majestade e honra.
11Derrame a fúria da sua ira,
olhe para todo orgulhoso
e lance-o por terra,
12olhe para todo orgulhoso
e humilhe-o,
esmague os ímpios onde estiverem.
13Enterre-os todos juntos no pó;
encubra os rostos deles no túmulo.
14Então admitirei que a sua mão direita
pode salvá-lo.
15"Veja o Beemote
que criei quando criei você
e que come capim
como o boi.
16Que força ele tem em seus lombos!
Que poder nos músculos
do seu ventre!
17Sua cauda balança como o cedro;
os nervos de suas coxas
são firmemente entrelaçados.
18Seus ossos são canos de bronze,
seus membros são varas de ferro.
19Ele ocupa o primeiro lugar
entre as obras de Deus.
No entanto, o seu Criador
pode chegar a ele com sua espada.
20Os montes lhe oferecem
tudo o que produzem,
e todos os animais selvagens
brincam por perto.
21Sob os lotos se deita,
oculto entre os juncos do brejo.
22Os lotos o escondem à sua sombra;
os salgueiros junto ao regato o cercam.
23Quando o rio se enfurece,
ele não se abala;
mesmo que o Jordão
encrespe as ondas
contra a sua boca,
ele se mantém calmo.
24Poderá alguém capturá-lo
pelos olhos,
ou prendê-lo em armadilha
e enganchá-lo pelo nariz?
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