sábado, 5 de agosto de 2017

06 DE AGOSTO - LEITURA BÍBLICA ANUAL - ESTER 3 E 4.


Ester 3

Hamã intenta destruir os judeus

1Depois desses acontecimentos, o rei Xerxes honrou Hamã, filho de Hamedata, descendente de Agague, promovendo-o e dando-lhe uma posição mais elevada do que a de todos os demais nobres.
2Todos os oficiais do palácio real curvavam-se e prostravam-se diante de Hamã, conforme as ordens do rei. Mardo­queu, porém, não se curvava nem se prostrava diante dele.
3Então os oficiais do palácio real pergun­taram a Mardoqueu: "Por que você desobedece à ordem do rei?"
4Dia após dia eles lhe falavam, mas ele não lhes dava atenção e dizia que era judeu. Então contaram tudo a Hamã para ver se o comportamento de Mardoqueu seria tolerado.
5Quando Hamã viu que Mardoqueu não se curvava nem se prostrava, ficou muito irado.
6Contudo, sabendo quem era o povo de Mardo­queu, achou que não bastava matá-lo. Em vez disso, Hamã procurou uma forma de exterminar todos os judeus, o povo de Mardoqueu, em todo o império de Xerxes.
7No primeiro mês do décimo segundo ano do reinado do rei Xerxes, no mês de nisã, lançaram o pur, isto é, a sorte, na presença de Hamã a fim de escolher um dia e um mês para executar o plano. E foi sorteado o décimo segun­do mês, o mês de adar.
8Então Hamã disse ao rei Xerxes: "Exis­te certo povo disperso e espalhado entre os povos de todas as províncias do teu império, cujos costumes são diferentes dos de todos os outros povos e que não obedecem às leis do rei; não convém ao rei tolerá-los.
9Se for do agrado do rei, que se decrete a destruição deles, e eu colocarei trezentas e cinquenta toneladas de prata na tesouraria real à disposição para que se execute esse trabalho".
10Em vista disso, o rei tirou seu anel-selo do dedo, deu-o a Hamã, o inimigo dos judeus, filho de Hamedata, descendente de Agague, e lhe disse:
11"Fi­que com a prata e faça com o povo o que você achar melhor".
12Assim, no décimo terceiro dia do primeiro mês, os secretários do rei foram convo­cados. Hamã ordenou que escrevessem cartas na língua e na escrita de cada povo aos sátrapas do rei, aos governadores das várias províncias e aos chefes de cada povo. Tudo foi escrito em nome do rei Xerxes e selado com o seu anel.
13As cartas foram enviadas por mensageiros a todas as províncias do império com a ordem de exter­minar e aniquilar completamente todos os jude­us, jovens e idosos, mulheres e crianças, num único dia, o décimo terceiro dia do décimo segundo mês, o mês de adar, e de saquear os seus bens.
14Uma cópia do decreto deveria ser publicada como lei em cada província e levada ao conhecimento do povo de cada nação, a fim de que estivessem prontos para aquele dia.
15Por ordem do rei, os mensageiros saíram às pressas, e o decreto foi publicado na cidadela de Susã. O rei e Hamã assentaram-se para beber, mas a cidade de Susã estava em confu­são.

Ester 4

Mardoqueu persuade a Ester a intervir

1Quando Mardoqueu soube de tudo o que tinha acontecido, rasgou as vestes, vestiu-se de pano de saco, cobriu-se de cinza, e saiu pela cidade, chorando amargamente em alta voz.
2Foi até a porta do palácio real, mas não entrou, porque ninguém vestido de pano de saco tinha permis­são de entrar.
3Em cada província onde chegou o decreto com a ordem do rei, houve grande pranto entre os judeus, com jejum, choro e lamento. Muitos se deitavam em pano de saco e em cinza.
4Quando as criadas de Ester e os oficiais responsáveis pelo harém lhe contaram o que se passava com Mardoqueu, ela ficou muito aflita e mandou-lhe roupas para que as vestisse e tirasse o pano de saco; mas ele não quis aceitá-las.
5Então Ester convocou Hatá, um dos oficiais do rei, nomeado para ajudá-la, e deu-lhe ordens para descobrir o que estava perturbando Mardoqueu e por que ele estava agindo assim.
6Hatá foi falar com Mardoqueu na praça da cidade, em frente da porta do palácio real.
7Mar­doqueu contou-lhe tudo o que lhe tinha aconte­cido e quanta prata Hamã tinha prometido depositar na tesouraria real para a destruição dos judeus.
8Deu-lhe também uma cópia do decreto que falava do extermínio e que tinha sido anunciado em Susã, para que ele o mostrasse a Ester e insistisse com ela para que fosse à pre­sença do rei implorar misericórdia e interceder em favor do seu povo.
9Hatá retornou e relatou a Ester tudo o que Mardoqueu lhe tinha dito.
10Então ela o instruiu que dissesse o seguinte a Mardoqueu:
11"Todos os oficiais do rei e o povo das províncias do império sabem que existe somente uma lei para qualquer homem ou mulher que se aproxime do rei no pátio interno sem por ele ser chamado: será morto, a não ser que o rei estenda o cetro de ouro para a pessoa e lhe poupe a vida. E eu não sou chamada à presença do rei há mais de trinta dias".
12Quando Mardoqueu recebeu a resposta de Ester,
13mandou dizer-lhe: "Não pense que pelo fato de estar no palácio do rei, você será a única entre os judeus que escapará,
14pois, se você ficar calada nesta hora, socorro e livramento surgirão de outra parte para os judeus, mas você e a família do seu pai morrerão. Quem sabe se não foi para um momento como este que você chegou à posição de rainha?"
15Então Ester mandou esta resposta a Mardoqueu:
16"Vá reunir todos os judeus que estão em Susã, e jejuem em meu favor. Não comam nem bebam durante três dias e três noites. Eu e minhas criadas jejuaremos como vocês. Depois disso irei ao rei, ainda que seja contra a lei. Se eu tiver que morrer, morrerei".
17Mardoqueu retirou-se e cumpriu todas as instruções de Ester.
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