domingo, 23 de julho de 2017

24 DE JULHO - LEITURA BÍBLICA ANUAL - DANIEL 9 E 10.

Daniel 9

A oração de Daniel

1Dario, filho de Xerxes, da linhagem dos medos, foi constituído governante do reino babilônio.
2No primeiro ano do seu reinado, eu, Daniel, com­preendi pelas Escrituras, conforme a palavra do Senhor dada ao profeta Jeremias, que a desola­ção de Jerusalém iria durar setenta anos.
3Por isso me voltei para o Senhor Deus com orações e súplicas, em jejum, em pano de saco e coberto de cinza.
4Orei ao Senhor, o meu Deus, e confes­sei: Ó Senhor, Deus grande e temível, que manténs a tua aliança de amor com todos aque­les que te amam e obedecem aos teus manda­mentos,
5nós temos cometido pecado e somos culpados. Temos sido ímpios e rebeldes, e nos afastamos dos teus mandamentos e das tuas leis.
6Não demos ouvido aos teus servos, os profetas, que falaram em teu nome aos nossos reis, aos nossos líderes e aos nossos antepassados, e a todo o teu povo.
7Senhor, tu és justo, e hoje estamos enver­gonhados. Sim, nós, o povo de Judá, de Jerusa­lém e de todo o Israel, tanto os que estão perto como os que estão distantes, em todas as terras pelas quais nos espalhaste por causa de nossa infidelidade para contigo.
8Ó Senhor, nós e nossos reis, nossos líderes e nossos antepassa­dos estamos envergonhados por termos pecado contra ti.
9O Senhor nosso Deus é misericordioso e perdoador, apesar de termos sido rebeldes;
10não te demos ouvidos, Senhor nosso Deus, nem obedecemos às leis que nos deste por meio dos teus servos, os profetas.
11Todo o Israel transgrediu a tua lei e se desviou, recusando-se a te ouvir.Por isso as maldições e as pragas escritas na Lei de Moisés, servo de Deus, têm sido derramadas sobre nós, porque pecamos contra ti.
12Cumpriste a palavra proferida contra nós e contra os nossos governantes, trazendo-nos grande desgraça. Debaixo de todo o céu jamais se fez algo como o que foi feito a Jerusalém.
13Conforme está escrito na Lei de Moisés, toda essa desgraça nos atingiu, e ainda assim não temos buscado o favor do Senhor, o nosso Deus, afastando-nos de nossas maldades e obedecendo à tua verdade.
14O Senhor não hesitou em trazer desgraça sobre nós, pois o Senhor, o nosso Deus, é justo em tudo o que faz; ainda assim nós não lhe temos dado atenção.
15Ó Senhor nosso Deus, que tiraste o teu povo do Egito com mão poderosa e que fizeste para ti um nome que permanece até hoje, nós temos cometido pecado e somos culpados.
16Agora, Se­nhor, conforme todos os teus feitos justos, afasta de Jerusalém, da tua cidade, do teu santo monte, a tua ira e a tua indignação. Os nossos pecados e as iniquidades de nossos antepassados fizeram de Jerusalém e do teu povo objeto de zombaria para todos os que nos rodeiam.
17Ouve, nosso Deus, as orações e as súplicas do teu servo. Por amor de ti, Senhor, olha com bondade para o teu santuário abando­nado.
18Inclina os teus ouvidos, ó Deus, e ouve; abre os teus olhos e vê a desolação da cidade que leva o teu nome. Não te fazemos pedidos por sermos justos, mas por causa da tua grande misericórdia.
19Senhor, ouve! Senhor, perdoa! Senhor, vê e age! Por amor de ti, meu Deus, não te demores, pois a tua cidade e o teu povo levam o teu nome.

As setenta semanas

20Enquanto eu estava falando e orando, confessando o meu pecado e o pecado de Israel, meu povo, e trazendo o meu pedido ao Senhor, o meu Deus, em favor do seu santo monte -
21enquanto eu ainda estava em oração, Gabriel, o homem que eu tinha visto na visão anterior, veio voando rapidamente para onde eu estava, à hora do sacrifício da tarde.
22Ele me instruiu e me disse: "Daniel, agora vim para dar a você percepção e entendimento.
23Assim que você começou a orar, houve uma resposta, que eu trouxe a você porque você é muito amado. Por isso, preste atenção à mensagem para entender a visão:
24"Setenta semanas estão decretadas para o seu povo e sua santa cidade a fim de acabar com a transgressão, dar fim ao pecado, expiar as culpas, trazer justiça eterna, cumprir a visão e a profecia, e ungir o santíssimo.
25"Saiba e entenda que, a partir da promul­gação do decreto que manda restaurar e recons­truir Jerusalém até que o Ungido, o príncipe, venha, haverá sete semanas, e sessenta e duas semanas. Ela será reconstruída com ruas e muros, mas em tempos difíceis.
26Depois das sessenta e duas semanas, o Ungido será morto, e já não haverá lugar para ele. A cidade e o Lugar Santo serão destruídos pelo povo do governante que virá. O fim virá como uma inundação: guerras continu­arão até o fim, e desolações foram decretadas.
27Com muitos ele fará uma aliança que durará uma semana. No meio da semana ele dará fim ao sacrifício e à oferta. E numa ala do templo será colocado o sacrilégio terrível, até que chegue sobre ele o fim que lhe está decretado".

Daniel 10

1No terceiro ano de Ciro, rei da Pérsia, Daniel, chamado Beltessazar, recebeu uma revelação. A mensagem era verdadeira e falava de uma grande guerra. Na visão que teve, ele entendeu a mensagem.
2Naquela ocasião eu, Daniel, passei três semanas chorando.
3Não comi nada saboroso; carne e vinho nem provei; e não usei nenhuma essência aromática, até se passarem as três semanas.
4No vigésimo quarto dia do primeiro mês, estava eu em pé junto à margem de um grande rio, o Tigre.
5Olhei para cima, e diante de mim estava um homem vestido de linho, com um cinto de ouro puríssimo na cintura.
6Seu corpo era como berilo, o rosto como relâmpago, os olhos como tochas acesas, os braços e pernas como o reflexo do bronze polido, e a sua voz era como o som de uma multidão.
7Somente eu, Daniel, tive a visão; os que me acompanhavam nada viram, mas foram tomados de tanto pavor que fugiram e se esconde­ram.
8Assim fiquei sozinho, olhando para aquela grande visão; fiquei sem forças, muito pálido, e quase desfaleci.
9Então eu o ouvi falando e, ao ouvi-lo, caí prostrado com o rosto em terra, e perdi os sentidos.
10Em seguida, a mão de alguém tocou em mim e me pôs sobre as minhas mãos e os meus joelhos vacilantes.
11E ele disse: "Daniel, você é muito amado. Preste bem atenção ao que vou falar; levante-se, pois eu fui enviado a você". Quando ele me disse isso, pus-me em pé, tremen­do.
12E ele prosseguiu: "Não tenha medo, Daniel. Desde o primeiro dia em que você decidiu buscar entendimento e humilhar-se diante do seu Deus, suas palavras foram ouvi­das, e eu vim em resposta a elas.
13Mas o prínci­pe do reino da Pérsia me resistiu durante vinte e um dias. Então Miguel, um dos príncipes supremos, veio em minha ajuda, pois eu fui impedido de continuar ali com os reis da Pérsia.
14Agora vim explicar a você o que acontecerá ao seu povo no futuro, pois a visão se refere a uma época futu­ra".
15Quando ele me disse isso, prostrei-me com o rosto em terra, sem conseguir falar.
16Então um ser que parecia homem tocou nos meus lábios, e eu abri a minha boca e comecei a falar. Eu disse àquele que estava em pé diante de mim: Estou angustiado por causa da visão, meu senhor, e quase desfaleço.
17Como posso eu, teu servo, conversar contigo, meu senhor? Minhas forças se foram, e mal posso respirar.
18O ser que parecia homem tocou em mim outra vez e me deu forças.
19Ele disse: "Não tenha medo, você, que é muito amado. Que a paz seja com você! Seja forte! Seja forte!"
Ditas essas palavras, senti-me fortalecido e disse: Fala, meu senhor, visto que me deste forças.
20Então ele me disse: "Você sabe por que vim? Tenho que voltar para lutar contra o príncipe da Pérsia e, logo que eu for, chegará o príncipe da Grécia;
21mas antes revelarei a você o que está escrito no Livro da Verdade. E nessa luta ninguém me ajuda contra eles, senão Mi­guel, o príncipe de vocês;
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