quinta-feira, 20 de julho de 2017

21 DE JULHO - LEITURA BÍBLICA ANUAL - DANIEL 3 E 4.


Daniel 3

A estátua de ouro

1O rei Nabucodonosor fez uma imagem de ouro de vinte e sete metros de altura e dois metros e setenta centímetros de largura, e a ergueu na planície de Dura, na província da Babilônia.
2Depois convocou os sátrapas, os prefeitos, os governadores, os conselheiros, os tesoureiros, os juízes, os magistrados e todas as autoridades provinciais, para assistirem à dedica­ção da imagem que mandara erguer.
3Assim todos eles - sátrapas, prefeitos, governadores, conselheiros, tesoureiros, juízes, magistrados e todas as autoridades provinciais - se reuniram para a dedicação da imagem que o rei Nabuco­donosor mandara erguer, e ficaram em pé diante dela.
4Então o arauto proclamou em alta voz: "Esta é a ordem que é dada a vocês, ó homens de todas as nações, povos e línguas:
5Quan­do ouvirem o som da trombeta, do pífaro, da cítara, da harpa, do saltério, da flauta dupla e de toda espécie de música, prostrem-se em terra e ado­rem a imagem de ouro que o rei Nabucodonosor ergueu.
6Quem não se prostrar em terra e não adorá-la será imediatamente atirado numa forna­lha em chamas".
7Por isso, logo que ouviram o som da trombeta, do pífaro, da cítara, da harpa, do saltério e de toda espécie de música, os homens de todas as nações, povos e línguas prostraram-se em terra e adoraram a imagem de ouro que o rei Nabucodonosor mandara erguer.
8Nesse momento alguns astrólogos se aproximaram e denunciaram os judeus,
9dizendo ao rei Nabucodonosor: "Ó rei, vive para sempre!
10Tu emitiste um decreto, ó rei, ordenando que todo aquele que ouvisse o som da trombeta, do pífaro, da cítara, da harpa, do saltério, da flauta dupla e de toda espécie de música se prostrasse em terra e adorasse a imagem de ouro,
11e que todo aquele que não se prostrasse em terra e não a adorasse seria atirado numa fornalha em chamas.
12Mas há alguns judeus que nomeaste para administrar a província da Babilônia, Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, que não te dão ouvi­dos, ó rei. Não prestam culto aos teus deuses nem adoram a imagem de ouro que mandaste erguer".
13Furioso, Nabucodonosor mandou chamar Sadraque, Mesaque e Abede-Nego. E assim que eles foram conduzidos à presença do rei,
14Na­bucodonosor lhes disse: "É verdade, Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, que vocês não prestam culto aos meus deuses nem adoram a imagem de ouro que mandei erguer?
15Pois agora, quan­do vocês ouvirem o som da trombeta, do pífaro, da cítara, da harpa, do saltério, da flauta dupla e de toda espécie de música, se vocês se dispuse­rem a prostrar-se em terra e a adorar a imagem que eu fiz, será melhor para vocês. Mas, se não a adorarem, serão imediatamente atirados numa fornalha em chamas. E que deus poderá livrá-los das minhas mãos?"
16Sadraque, Mesaque e Abede-Nego res­ponderam ao rei: "Ó Nabucodonosor, não precisamos defender-nos diante de ti.
17Se formos atirados na fornalha em chamas, o Deus a quem prestamos culto pode livrar-nos, e ele nos livrará das tuas mãos, ó rei.
18Mas, se ele não nos livrar, saiba, ó rei, que não prestaremos culto aos teus deuses nem adoraremos a imagem de ouro que mandaste erguer".

Os três homens lançados na fornalha

19Nabucodonosor ficou tão furioso com Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, que o seu semblante mudou. Deu ordens para que a forna­lha fosse aquecida sete vezes mais que de costume
20e ordenou que alguns dos soldados mais fortes do seu exército amarrassem Sadra­que, Mesaque e Abede-Nego e os atirassem na fornalha em chamas.
21E os três homens, vesti­dos com seus mantos, calções, turbantes e outras roupas, foram amarrados e atirados na fornalha extraordinariamente quente.
22A ordem do rei era urgente e a fornalha estava tão quente que as chamas mataram os soldados que levaram Sadraque, Mesaque e Abede-Nego,
23e estes caíram amarrados dentro da fornalha em chamas.
24Mas logo depois o rei Nabucodonosor, alar­mado, levantou-se e perguntou aos seus conse­lheiros: "Não foram três os homens amarrados que nós atiramos no fogo?"
Eles responderam: "Sim, ó rei".
25E o rei exclamou: "Olhem! Estou vendo quatro homens, desamarrados e ilesos, andando pelo fogo, e o quarto se parece com um filho dos deuses".
26Então Nabucodonosor aproximou-se da entrada da fornalha em chamas e gritou: "Sadra­que, Mesaque e Abede-Nego, servos do Deus Altíssimo, saiam! Venham aqui!"
E Sadraque, Mesaque e Abede-Nego saíram do fogo.
27Os sátrapas, os prefeitos, os governadores e os conselheiros do rei se ajunta­ram em torno deles e comprovaram que o fogo não tinha ferido o corpo deles. Nem um só fio de cabelo tinha sido chamuscado, os seus man­tos não estavam queimados, e não havia cheiro de fogo neles.
28Disse então Nabucodonosor: "Louvado seja o Deus de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, que enviou o seu anjo e livrou os seus servos! Eles confiaram nele, desafiaram a ordem do rei, preferindo abrir mão de sua vida a prestar culto e adorar a outro deus que não fosse o seu próprio Deus.
29Por isso eu decreto que todo homem de qualquer povo, nação e língua que disser alguma coisa contra o Deus de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego seja despe­daçado e sua casa seja transformada em montes de entulho, pois nenhum outro deus é capaz de livrar alguém dessa maneira".
30Então o rei promoveu Sadraque, Mesa­que e Abede-Nego na província da Babilônia.

Daniel 4

Nabucodonozor sonha com uma árvore

1O rei Nabucodonosor,
aos homens de todos os povos, nações e línguas, que vivem no mundo inteiro:
Paz e prosperidade!
2Tenho a satisfação de falar a vocês a respeito dos sinais e das maravilhas que o Deus Altíssimo realizou em meu favor.
3Como são grandes os seus sinais!
como são poderosas as suas maravilhas!
O seu reino é um reino eterno;
o seu domínio dura
de geração em geração.
4Eu, Nabucodonosor, estava satisfeito e próspero em casa, no meu palácio.
5Tive um sonho que me deixou alarmado. Estando eu deitado em minha cama, os pensamentos e visões que passaram pela minha mente deixaram-me aterrorizado.
6Por isso decretei que todos os sábios da Babilônia fossem trazidos à minha presença para interpretarem o sonho para mim.
7Quando os magos, os encantadores, os astrólogos e os adivinhos vieram, contei-lhes o sonho, mas eles não puderam interpretá-lo.
8Por fim veio Daniel à minha presença e eu lhe contei o sonho. Ele é chamado Beltessazar, em home­nagem ao nome do meu deus; e o espírito dos santos deuses está nele.
9Eu disse: Beltessazar, chefe dos magos, sei que o espírito dos santos deuses está em você, e que nenhum mistério é difícil demais para você. Vou contar o meu sonho; interprete-o para mim.
10Estas são as visões que tive quando estava deitado em minha cama: olhei, e diante de mim estava uma árvore muito alta no meio da terra.
11A árvore cresceu tanto que a sua copa encostou no céu; era visível até os confins da terra.
12Tinha belas folhas, muitos frutos, e nela havia alimento para todos. Debaixo dela os animais do campo acha­vam abrigo, e as aves do céu viviam em seus galhos; todas as criaturas se alimentavam daquela árvore.
13Nas visões que tive deitado em minha cama, olhei e vi diante de mim uma sentinela, um anjo que descia do céu;
14ele gritou em alta voz: "Derrubem a árvore e cortem os seus galhos; arranquem as suas folhas e espalhem os seus frutos. Fujam os animais de debaixo dela e as aves dos seus galhos.
15Mas deixem o toco e as suas raízes, presos com ferro e bronze; fique ele no chão, em meio à relva do campo."Ele será molhado com o orvalho do céu e com os animais comerá a grama da terra.
16A mente humana lhe será tirada, e ele será como um animal, até que se passem sete tempos.
17"A decisão é anunciada por sentinelas, os anjos declaram o veredicto, para que todos os que vivem saibam que o Altíssimo domina sobre os reinos dos homens e os dá a quem quer, e põe no poder o mais simples dos ho­mens".
18Esse é o sonho que eu, o rei Nabucodo­nosor, tive. Agora, Beltessazar, diga-me o significado do sonho, pois nenhum dos sábios do meu reino consegue interpretá-lo para mim, exceto você, pois o espírito dos santos deuses está em você.

Daniel interpreta o sonho

19Então Daniel, também chamado Beltessa­zar, ficou estarrecido por algum tempo, e os seus pensamentos o deixaram aterrorizado. Então o rei disse: "Beltessazar, não deixe que o sonho ou a sua interpretação o assuste".Beltessazar respondeu: "Meu senhor, quem dera o sonho só se aplicasse aos teus inimigos e o seu significado somente aos teus adversários!
20A árvore que viste, que cresceu e ficou enor­me, cuja copa encostava no céu, visível em toda a terra,
21com belas folhas e muitos frutos, na qual havia alimento para todos, abrigo para os animais do campo, e morada para as aves do céu nos seus galhos -
22essa árvore, ó rei, és tu! Tu te tornaste grande e poderoso, pois a tua gran­deza cresceu até alcançar o céu, e o teu domínio se estende até os confins da terra.
23"E tu, ó rei, viste também uma sentinela, o anjo que descia do céu e dizia: 'Derrubem a árvore e destruam-na, mas deixem o toco e as suas raízes, presos com ferro e bronze; fique ele no chão, em meio à relva do campo. Ele será molhado com o orvalho do céu e viverá com os animais selvagens, até que se passem sete tem­pos'.
24"Esta é a interpretação, ó rei, e este é o decreto que o Altíssimo emitiu contra o rei, meu senhor:
25Tu serás expulso do meio dos homens e viverás com os animais selvagens; comerás capim como os bois e te molharás com o orva­lho do céu. Passarão sete tempos até que admi­tas que o Altíssimo domina sobre os reinos dos homens e os dá a quem quer.
26A ordem para deixar o toco da árvore com as raízes significa que o teu reino te será devolvido quando reco­nheceres que os Céus dominam.
27Portanto, ó rei, aceita o meu conselho: Renuncia a teus pecados e à tua maldade, pratica a justiça e tem compaixão dos necessitados. Talvez, então, continues a viver em paz".

O sonho é realizado

28Tudo isso aconteceu com o rei Nabuco­donosor.
29Doze meses depois, quando o rei estava andando no terraço do palácio real da Babilônia,
30disse: "Acaso não é esta a grande Babilônia que eu construí como capital do meu reino, com o meu enorme poder e para a glória da minha majestade?"
31As palavras ainda estavam nos seus lábios quando veio do céu uma voz que disse: "É isto que está decretado quanto a você, rei Nabuco­donosor: Sua autoridade real foi tirada.
32Você será expulso do meio dos homens, viverá com os animais selvagens e comerá capim como os bois. Passarão sete tempos até que admita que o Altíssimo domina sobre os reinos dos homens e os dá a quem quer".
33A sentença sobre Nabucodonosor cumpriu-se imediatamente. Ele foi expulso do meio dos homens e passou a comer capim como os bois. Seu corpo molhou-se com o orvalho do céu, até que os seus cabelos e pelos cresceram como as penas da águia, e as suas unhas como as garras das aves.
34Ao fim daquele período, eu, Nabucodo­nosor, levantei os olhos ao céu, e percebi que o meu entendimento tinha voltado. Então louvei o Altíssimo; honrei e glorifiquei aquele que vive para sempre.
"O seu domínio é um domínio eterno;
o seu reino dura de geração em geração.
35Todos os povos da terra
são como nada diante dele.
Ele age como lhe agrada
com os exércitos dos céus
e com os habitantes da terra.
Ninguém é capaz de resistir à sua mão
ou dizer-lhe: 'O que fizeste?'
36Naquele momento voltou-me o entendi­mento, e eu recuperei a honra, a majestade e a glória do meu reino. Meus conselheiros e os nobres me procuraram, meu trono me foi restaurado, e minha grandeza veio a ser ainda maior.
37Agora eu, Nabucodonosor, louvo, exalto e glorifico o Rei dos céus, porque tudo o que ele faz é certo, e todos os seus caminhos são justos. E ele tem poder para humilhar aqueles que vivem com arrogância".
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