quinta-feira, 8 de junho de 2017

09 DE JUNHO - LEITURA BÍBLICA ANUAL - ISAÍAS 36 A 37.

Isaías 36

Senaqueribe ameaça Jerusalém

1No décimo quarto ano do reinado de Ezequias, Senaqueribe, rei da Assíria, atacou todas as cidades fortificadas de Judá e se apossou delas.
2Então, de Laquis, o rei da Assíria enviou seu comandante com um grande exército a Jerusalém, ao rei Ezequias. Quando o comandante parou no aqueduto do açude superior, na estrada que leva ao campo do Lavandeiro,
3o administrador do palácio, Eliaquim, filho de Hilquias, o secretário Sebna e o arquivista real Joá, filho de Asafe, foram ao encontro dele.
4E o comandante de campo falou: "Digam a Ezequias:
5Você diz que tem estratégia e força militar, mas não passam de palavras vãs. Em quem você confia, para rebelar-se contra mim?
6Pois veja! Agora você está confiando no Egito, aquela cana esmagada, que fura a mão de quem nela se apoia! Assim é o faraó, o rei do Egito, para todos os que dele dependem.
7"Assim diz o grande rei, o rei da Assíria: 'Em que você está baseando essa sua confian­ça?
E, se você me disser: "No Senhor, o nosso Deus, confia­mos"; não são dele os altos e os altares que Ezequias removeu, dizendo a Judá e a Jerusa­lém: "Vocês devem adorar aqui, diante deste altar"?'
8"Faça, agora, um acordo com o meu senhor, o rei da Assíria: Eu darei a você dois mil cavalos - se você puder pôr cavaleiros neles!
9Como então você poderá repelir um só dos menores oficiais do meu senhor, confiando que o Egito dará a você carros e cavalei­ros?
10Além disso, você pensa que vim atacar e destruir esta nação sem o Senhor? O próprio Senhor me mandou marchar contra esta nação e destruí-la".
11Então Eliaquim, Sebna e Joá disseram ao comandante: "Por favor, fala com os teus servos em aramaico, pois entendemos essa língua. Não fales em hebraico, pois assim o povo que está sobre os muros entenderá".
12O comandante, porém, respondeu: "Pensam que o meu senhor mandou-me dizer estas coisas só a vocês e ao seu senhor, e não aos homens que estão sentados no muro? Pois, como vocês, eles terão que comer as próprias fezes e beber a própria urina!"
13E o comandante se pôs em pé e falou alto, em hebraico: "Ouçam as palavras do grande rei, do rei da Assíria!
14Não deixem que Ezequias os engane. Ele não poderá livrá-los!
15Não deixem Ezequias convencê-los a confiar no Senhor, quando diz: 'Certamente o Senhor nos livrará; esta cidade não será entregue nas mãos do rei da Assíria'.
16"Não deem atenção a Ezequias. Assim diz o rei da Assíria: 'Venham fazer as pazes comigo. Então cada um de vocês comerá de sua própria videira e de sua própria figueira, e beberá água de sua própria cisterna,
17até que eu os leve a uma terra como a de vocês: terra de cereal e de vinho, terra de pão e de vinhas.
18" 'Não deixem que Ezequias os engane quando diz que o Senhor os livrará. Alguma vez o deus de qualquer nação livrou sua terra das mãos do rei da Assíria?
19Onde estão os deuses de Hamate e de Arpade? Onde estão os deuses de Sefarvaim? Eles livraram Samaria das minhas mãos?
20Quem entre todos os deuses dessas nações conseguiu livrar a sua terra? Como então o Senhor poderá livrar Jerusalém das minhas mãos?' "
21Mas o povo ficou em silêncio e nada respondeu, porque o rei dera esta ordem: "Não lhe respondam".
22Então o administrador do palácio, Eliaquim, filho de Hilquias, o secretário Sebna e o arquivista Joá, filho de Asafe, com as vestes rasgadas, foram contar a Ezequias o que dissera o comandante.

Isaías 37

A libertação de Jerusalém é predita

1Quando o rei Ezequias soube disso, rasgou suas vestes, vestiu pano de saco e entrou no templo do Senhor.
2Depois enviou o administrador do palácio, Eliaquim, o secre­tário Sebna e os chefes dos sacerdotes, todos vestidos de pano de saco, ao profeta Isaías, filho de Amoz,
3com esta mensagem: "Assim diz Ezequias: Hoje é dia de angústia, de repreensão e de vergonha, como quando uma criança está a ponto de nascer e não há forças para dá-la à luz.
4Talvez o Senhor, o seu Deus, ouça as palavras do comandante de campo, a quem o seu senhor, o rei da Assíria, enviou para zombar do Deus vivo. E que o Senhor, o seu Deus, o repreenda pelas pala­vras que ouviu. Portanto, ore pelo remanes­cente que ainda sobrevive".
5Quando os oficiais do rei Ezequias vieram a Isaías,
6este lhes respondeu: "Digam a seu senhor: Assim diz o Senhor: 'Não tenha medo das palavras que você ouviu, das blasfê­mias que os servos do rei da Assíria falaram contra mim.
7Porei nele um espírito para que, quando ouvir uma certa notícia, volte à sua própria terra, e ali farei com que seja morto à espada' ".
8Quando o comandante de campo soube que o rei da Assíria havia partido de Laquis, retirou-se e encontrou o rei lutando contra Libna.
9Ora, Senaqueribe foi informado de que Tiraca, o rei da Etiópia, saíra para lutar contra ele. Quando soube disso, enviou mensageiros a Ezequias com esta mensagem:
10"Di­gam a Ezequias, rei de Judá: Não deixe que o Deus no qual você confia o engane quando diz: 'Jerusalém não será entregue nas mãos do rei da Assíria'.
11Com certeza você ouviu o que os reis da Assíria têm feito a todas as nações e como as destruíram por completo. E você acha que se livrará?
12Acaso os deuses das nações que foram destruídas pelos meus antepassados os livraram: os deuses de Gozã, de Harã, de Rezefe e dos descendentes de Éden, que estavam em Telassar?
13Onde estão o rei de Hamate, o rei de Arpade, o rei da cidade de Sefarvaim, de Hena e de Iva?"

A oração de Ezequias

14Ezequias recebeu a carta das mãos dos mensageiros e a leu. Então subiu ao templo do Senhor, abriu-a diante do Senhor
15e orou:
16"Senhor dos Exércitos, Deus de Israel, cujo trono está entre os querubins, só tu és Deus sobre todos os reinos da terra. Tu fizeste os céus e a terra.
17Dá ouvidos, Senhor, e ouve; abre os teus olhos, Senhor, e vê; escuta todas as palavras que Senaqueribe enviou para insultar o Deus vivo.
18"É verdade, Senhor, que os reis assíri­os fizeram de todas essas nações e de seus territórios um deserto.
19Atiraram os deuses delas no fogo e os destruíram, pois em vez de deuses, não passam de madeira e pedra, molda­dos por mãos humanas.
20Agora, Senhor nosso Deus, salva-nos das mãos dele, para que todos os reinos da terra saibam que só tu, Senhor, és Deus".

A queda de Senaqueribe

21Então Isaías, filho de Amoz, enviou esta mensagem a Ezequias: "Assim diz o Senhor, Deus de Israel: 'Ouvi a sua oração acerca de Senaqueribe, rei da Assíria.
22Esta é a palavra que o Senhor falou contra ele:
" 'A Virgem Cidade de Sião
despreza e zomba de você.
A cidade de Jerusalém meneia a cabeça
enquanto você foge.
23De quem você zombou
e contra quem blasfemou?
Contra quem você ergueu a voz
e contra quem levantou
seu olhar arrogante?
Contra o Santo de Israel!
24Sim, você insultou o Senhor
por meio dos seus mensageiros,
dizendo:
"Com carros sem conta
subi aos mais elevados
e inacessíveis cumes do Líbano.
Derrubei os seus cedros mais altos,
os seus melhores pinheiros.
Entrei em suas regiões mais remotas,
na melhor parte de suas florestas.
25Em terras estrangeiras
cavei poços e bebi água.
Com as solas dos meus pés
sequei todos os riachos do Egito".
26" 'Você não soube que há muito
eu já o havia ordenado,
que desde os dias da antiguidade
eu o havia planejado?
Agora eu o executo
e faço você transformar
cidades fortificadas
em montões de pedra.
27Os seus habitantes, já sem forças,
desanimam-se envergonhados.
São como pastagens,
como brotos tenros e verdes,
como capim no terraço,
queimado antes de crescer.
28" 'Eu, porém, sei onde você está,
quando sai e quando retorna
e quando você se enfurece contra mim.
29Sim, contra mim você se enfurece,
o seu atrevimento chegou
aos meus ouvidos;
por isso, porei o meu anzol em seu nariz
e o meu freio em sua boca,
e o farei voltar pelo caminho
por onde veio.
30" 'A você, Ezequias, darei este sinal:
" 'Neste ano vocês comerão
do que crescer por si
e, no próximo, o que daquilo brotar.
Mas no terceiro ano semeiem e colham,
plantem vinhas e comam o seu fruto.
31Mais uma vez um remanescente
da tribo de Judá
lançará raízes na terra
e se encherão de frutos os seus ramos.
32De Jerusalém sairão sobreviventes,
e um remanescente do monte Sião.
O zelo do Senhor dos Exércitos
realizará isso'.
33"Por isso, assim diz o Senhor acerca do rei da Assíria:
" 'Ele não entrará nesta cidade
e não atirará aqui uma flecha sequer.
Não virá diante dela com escudo
nem construirá rampas de cerco
contra ela.
34Pelo caminho por onde veio voltará;
não entrará nesta cidade',
declara o Senhor.
35" 'Eu defenderei esta cidade e a salvarei,
por amor de mim
e por amor de Davi,
meu servo!' "
36Então o anjo do Senhor saiu e matou cento e oitenta e cinco mil homens no acampa­mento assírio. Quando o povo se levantou na manhã seguinte, só havia cadáveres!
37Assim, Senaqueribe, rei da Assíria, fugiu do acampa­mento, voltou para Nínive e lá ficou.
38Certo dia, quando estava adorando no templo de seu deus Nisroque, seus filhos Adrameleque e Sarezer o feriram à espada e fugiram para a terra de Ararate. E seu filho Esar-Hadom foi o seu sucessor.







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