sexta-feira, 21 de abril de 2017

22/04/17 - LEITURA BÍBLICA ANUAL - 2º SAMUEL 01 E 02.


2 Samuel 1

David sabe da morte de Saul

1Depois da morte de Saul, Davi retornou de sua vitória sobre os amalequitas. Fazia dois dias que ele estava em Ziclague
2quan­do, no terceiro dia, chegou um homem que vinha do acampamento de Saul, com as roupas rasgadas e terra na cabeça. Ao aproximar-se de Davi, prostrou-se com o rosto em terra, em sinal de respeito.
3Davi então lhe perguntou: "De onde você vem?"
Ele respondeu: "Fugi do acampamento israelita".
4Disse Davi: "Conte-me o que aconte­ceu".
E o homem contou: "O nosso exército fugiu da batalha, e muitos morreram. Saul e Jônatas também estão mortos".
5Então Davi perguntou ao jovem que lhe trou­xera as notícias: "Como você sabe que Saul e Jônatas estão mortos?"
6O jovem respondeu: "Cheguei por acaso ao monte Gilboa, e lá estava Saul, apoiado em sua lança. Os carros de guerra e os oficiais da cavalaria estavam a ponto de alcançá-lo.
7Quan­do ele se virou e me viu, chamou-me gritando, e eu disse: Aqui estou.
8"Ele me perguntou: 'Quem é você?'
"Sou amalequita, respondi.
9"Então ele me ordenou: 'Venha aqui e mate-me! Estou na angústia da morte!'.
10"Por isso aproximei-me dele e o matei, pois sabia que ele não sobreviveria ao ferimento. Peguei a coroa e o bracelete dele e trouxe-os a ti, meu senhor".
11Então Davi rasgou suas vestes; e os homens que estavam com ele fizeram o mesmo.
12E se lamentaram, chorando e jejuando até o fim da tarde, por Saul e por seu filho Jônatas, pelo exército do Senhor e pelo povo de Israel, porque muitos haviam sido mortos à espada.
13E Davi perguntou ao jovem que lhe trouxera as notícias: "De onde você é?"
E ele respondeu: "Sou filho de um estrangeiro, sou amalequita".
14Davi lhe perguntou: "Como você não temeu levantar a mão para matar o ungido do Senhor?"
15Então Davi chamou um dos seus soldados e lhe disse: "Venha aqui e mate-o!" O servo o feriu, e o homem morreu.
16Davi tinha dito ao jovem: "Você é responsável por sua própria mor­te. Sua boca testemunhou contra você, quan­do disse: 'Matei o ungido do Senhor' ".

Cântico de David sobre a morte de Saul e de Jónatas

17Davi cantou este lamento sobre Saul e seu filho Jônatas,
18e ordenou que se ensinasse aos homens de Judá; é o Lamento do Arco, que foi registrado no Livro de Jasar:
19"O seu esplendor, ó Israel,
está morto sobre os seus montes.
Como caíram os guerreiros!
20"Não conte isso em Gate,
não o proclame nas ruas de Ascalom,
para que não se alegrem
as filhas dos filisteus
nem exultem as filhas dos incircuncisos.
21"Ó colinas de Gilboa,
nunca mais haja orvalho
nem chuva sobre vocês,
nem campos que produzam trigo
para as ofertas.
Porque ali foi profanado
o escudo dos guerreiros,
o escudo de Saul,
que nunca mais será polido com óleo.
22Do sangue dos mortos,
da carne dos guerreiros,
o arco de Jônatas nunca recuou,
a espada de Saul
sempre cumpriu a sua tarefa.
23"Saul e Jônatas, mui amados,
nem na vida nem na morte
foram separados.
Eram mais ágeis que as águias,
mais fortes que os leões.
24"Chorem por Saul,
ó filhas de Israel!
Chorem aquele que as vestia
de rubros ornamentos
e que suas roupas enfeitava
com adornos de ouro.
25"Como caíram os guerreiros
no meio da batalha!
Jônatas está morto
sobre os montes de Israel.
26Como estou triste por você,
Jônatas, meu irmão!
Como eu lhe queria bem!
Sua amizade era, para mim, mais preciosa
que o amor das mulheres!
27"Caíram os guerreiros!
As armas de guerra foram destruídas!"

2 Samuel 2

David é ungido rei sobre Judá

1Passado algum tempo, Davi perguntou ao Senhor: "Devo ir para uma das cidades de Judá?" O Senhor respondeu que sim, e Davi perguntou para qual delas.
"Para Hebrom", respondeu o Senhor.
2Então Davi foi para Hebrom com suas duas mulheres, Ainoã, de Jezreel, e Abigail, viúva de Nabal, o carmelita.
Informado de que os habitantes de Jabes-Gileade tinham sepultado Saul,
3Davi também levou os homens que o acompanhavam, cada um com sua família, e estabeleceram-se em Hebrom e nos povoados vizinhos.
4Então os homens de Judá foram a Hebrom e ali ungiram Davi rei da tribo de Judá.
5Davi enviou-lhes mensageiros que lhes disseram: "O Senhor os aben­çoe pelo seu ato de lealdade, dando sepultura a Saul, seu rei.
6Seja o Senhor leal e fiel para com vocês. Também eu firmarei minha amizade com vocês, por terem feito essa boa ação.
7Mas, agora, sejam fortes e corajosos, pois Saul, seu senhor, está morto, e já fui ungido rei pela tribo de Judá".

Guerra entre os exércitos de David e de Saul

8Enquanto isso, Abner, filho de Ner, comandante do exército de Saul, levou Is-Bosete, filho de Saul, a Maanaim,
9onde o proclamou rei sobre Gileade, Assuri, Jezreel, Efraim, Benjamim e sobre todo o Israel.
10Is-Bosete, filho de Saul, tinha quarenta anos de idade quando começou a reinar em Israel, e reinou dois anos. Entretanto, a tribo de Judá seguia Davi,
11que a governou em Hebrom por sete anos e seis meses.
12Abner, filho de Ner, e os soldados de Is-Bosete, filho de Saul, partiram de Maanaim e marcharam para Gibeom.
13Joabe, filho de Zeruia, e os soldados de Davi foram ao encontro deles no açude de Gibeom. Um grupo posicionou-se num lado do açude; o outro grupo, no lado opos­to.
14Então Abner disse a Joabe: "Vamos fazer alguns soldados lutarem diante de nós".
Joabe respondeu: "De acordo".
15Então doze soldados aliados de Benjamim e Is-Bosete, filho de Saul, atravessaram o açude para enfrentar doze soldados aliados de Davi.
16Ca­da soldado pegou o adversário pela cabeça e fincou-lhe o punhal no lado, e juntos caíram mortos. Por isso aquele lugar, situado em Gibeom, foi chamado Helcate-Hazurim.
17Houve uma violenta batalha naquele dia, e Abner e os soldados de Israel foram derrotados pelos soldados de Davi.
18Estavam lá Joabe, Abisai e Asael, os três filhos de Zeruia. E Asael, que corria como uma gazela em terreno plano,
19perseguiu Abner, sem se desviar nem para a direita nem para a esquerda.
20Abner olhou para trás e perguntou: "É você, Asael?"
"Sou eu", respondeu ele.
21Disse-lhe então Abner: "É melhor você se desviar para a direita ou para a esquerda, capturar um dos soldados e ficar com as armas dele". Mas Asael não quis parar de persegui-lo.
22Então Abner advertiu Asael mais uma vez: "Pare de me perseguir! Não quero matá-lo. Como eu poderia olhar seu irmão Joabe nos olhos de novo?"
23Como, porém, Asael não desistiu de persegui-lo, Abner cravou no estômago dele a ponta da lança, que saiu pelas costas. E ele caiu, morrendo ali mesmo. E paravam todos os que chegavam ao lugar onde Asael estava caído.
24Então Joabe e Abisai perseguiram Abner. Ao pôr do sol, chegaram à colina de Amá, defronte de Gia, no caminho para o deserto de Gibeom.
25Os soldados de Benjamim, seguindo Abner, reuniram-se formando um só grupo e ocuparam o alto de uma colina.
26Então Abner gritou para Joabe: "O derramamento de sangue vai continuar? Não vê que isso vai trazer amargura? Quando é que você vai mandar o seu exér­cito parar de perseguir os seus ir­mãos?"
27Respondeu Joabe: "Juro pelo nome de Deus que, se você não tivesse falado, o meu exér­cito perseguiria os seus irmãos até de ma­nhã".
28Então Joabe tocou a trombeta, e o exér­cito parou de perseguir Israel e de lutar.
29Abner e seus soldados marcharam pela Arabá durante toda a noite. Atravessaram o Jordão, marcharam durante a manhã inteira e chegaram a Maanaim.
30Quando Joabe voltou da perseguição a Abner, reuniu todo o exército. E viram que ­faltavam dezenove soldados, além de Asael.
31Mas os soldados de Davi tinham matado trezentos e sessenta benjamitas que estavam com Abner.
32Levaram Asael e o sepultaram no túmulo de seu pai, em Belém. Depois disso, Joabe e seus soldados marcharam durante toda a noite e chegaram a Hebrom ao amanhecer.

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