quarta-feira, 19 de abril de 2017

19/04/17 - LEITURA BÍBLICA ANUAL - 1º SAMUEL 23 A 25.

1 Samuel 23

David salva Queila

1Quando disseram a Davi que os filisteus estavam atacando a cidade de Queila e saqueando as eiras,
2ele perguntou ao Senhor: "Devo atacar esses filisteus?"
O Senhor lhe respondeu: "Vá, ataque os filisteus e liberte Queila".
3Os soldados de Davi, porém, lhe disseram: "Aqui em Judá estamos com medo. Quanto mais, se formos a Queila lutar contra as tropas dos filisteus!"
4Davi consultou o Senhor novamente. "Levante-se", disse o Senhor, "vá à cidade de Queila, pois estou entregando os filisteus em suas mãos."
5Então Davi e seus homens foram a Queila, combateram os filisteus e se apoderaram de seus rebanhos, impondo-lhes grande derrota e libertando o povo daquela cidade.
6Ora, Abiatar, filho de Aimeleque, tinha levado o colete sacerdotal quando fugiu para se juntar a Davi, em Queila.

Saul persegue David

7Foi dito a Saul que Davi tinha ido a Queila, e ele disse: "Deus o entregou nas minhas mãos, pois Davi se aprisionou ao entrar numa cidade com portas e trancas".
8E Saul convocou todo o seu exército para a batalha, para irem a Queila e cercarem Davi e os homens que o seguiam.
9Quando Davi soube que Saul tramava atacá-lo, disse a Abiatar: "Traga o colete sacerdotal".
10Então orou: "Ó Senhor, Deus de Israel, este teu servo ouviu claramente que Saul planeja vir a Queila e destruir a cidade por minha causa.
11Será que os cidadãos de Queila me entregarão a ele? Saul virá de fato, conforme teu servo ouviu? Ó Senhor, Deus de Israel, responde-me".
E o Senhor lhe disse: "Ele virá".
12E Davi, novamente, perguntou: "Será que os cidadãos de Queila entregarão a mim e a meus soldados a Saul?"
E o Senhor respondeu: "Entregarão".
13Então Davi e seus soldados, que eram cerca de seiscentos, partiram de Queila, e ficaram andando sem direção definida. Quando informaram a Saul que Davi tinha fugido de Queila, ele interrompeu a marcha.
14Davi permaneceu nas fortalezas do deserto e nas colinas do deserto de Zife. Dia após dia Saul o procurava, mas Deus não entregou Davi em suas mãos.
15Quando Davi estava em Horesa, no deserto de Zife, soube que Saul tinha saído para matá-lo.
16E Jônatas, filho de Saul, foi falar com ele, em Horesa, e o ajudou a encontrar forças em Deus.
17"Não tenha medo", disse ele, "meu pai não porá as mãos em você. Você será rei de Israel, e eu serei o seu segundo em comando. Até meu pai sabe disso."
18Os dois fizeram um acordo perante o Senhor. Então, Jônatas foi para casa, mas Davi ficou em Horesa.
19Alguns zifeus foram dizer a Saul, em Gibeá: "Davi está se escondendo entre nós nas fortalezas de Horesa, na colina de Haquilá, ao sul do deserto de Jesimom.
20Agora, ó rei, vai quando quiseres, e nós seremos responsáveis por entregá-lo em tuas mãos".
21Saul respondeu: "O Senhor os abençoe por terem compaixão de mim.
22Vão e façam mais preparativos. Descubram aonde Davi geralmente vai e quem o tem visto ali. Dizem que ele é muito astuto.
23Descubram todos os esconderijos dele e voltem aqui com informações exatas. Então irei com vocês; se ele estiver na região, eu o procurarei entre todos os clãs de Judá".
24E eles voltaram para Zife, antes de Saul. Davi e seus soldados estavam no deserto de Maom, na Arabá, ao sul do deserto de Jesimom.
25Depois, Saul e seus soldados saíram e começaram a busca, e, ao ser informado, Davi desceu à rocha e permaneceu no deserto de Maom. Sabendo disso, Saul foi para lá em perseguição a Davi.
26Saul ia por um lado da montanha, e, pelo outro, Davi e seus soldados fugiam depressa para escapar de Saul. Quando Saul e suas tropas estavam cercando Davi e seus soldados para capturá-los,
27um mensageiro veio dizer a Saul: "Venha depressa! Os filisteus estão atacando Israel".
28Então Saul interrompeu a perseguição a Davi e foi enfrentar os filisteus. Por isso chamam esse lugar Selá-Hamalecote.
29E Davi saiu daquele lugar e foi viver nas fortalezas de En-Gedi.

1 Samuel 24

David poupa a vida a Saul

1Saul voltou da luta contra os filisteus e disseram-lhe que Davi estava no deserto de En-Gedi.
2Então Saul tomou três mil de seus melhores soldados de todo o Israel e partiu à procura de Davi e seus homens, perto dos rochedos dos Bodes Selvagens.
3Ele foi aos currais de ovelhas que ficavam junto ao caminho; havia ali uma caverna, e Saul entrou nela para fazer suas necessidades. Davi e seus soldados estavam bem no fundo da caverna.
4Eles disseram: "Este é o dia sobre o qual o Senhor falou a você: 'Entregarei nas suas mãos o seu inimigo para que você faça com ele o que quiser' ". Então Davi foi com muito cuidado e cortou uma ponta do manto de Saul, sem que este percebesse.
5Mas Davi sentiu bater-lhe o coração de remorso por ter cortado uma ponta do manto de Saul
6e então disse a seus soldados: "Que o Senhor me livre de fazer tal coisa a meu senhor, de erguer a mão contra ele, pois é o ungido do Senhor".
7Com essas palavras Davi repreendeu os soldados e não permitiu que atacassem Saul. E este saiu da caverna e seguiu seu caminho.
8Então Davi saiu da caverna e gritou para Saul: "Ó rei, meu senhor!" Quando Saul olhou para trás, Davi inclinou-se com o rosto em terra
9e depois disse: "Por que o rei dá atenção aos que dizem que eu pretendo fazer-te mal?
10Hoje o rei pode ver com teus próprios olhos como o Senhor te entregou em minhas mãos na caverna. Alguns insistiram que eu te matasse, mas eu te poupei, pois disse: Não erguerei a mão contra meu senhor, pois ele é o ungido do Senhor.
11Olha, meu pai, olha para este pedaço de teu manto em minha mão! Cortei a ponta de teu manto, mas não te matei. Agora entende e reconhece que não sou culpado de fazer-te mal ou de rebelar-me. Não te fiz mal algum, embora estejas à minha procura para tirar-me a vida.
12O Senhor julgue entre mim e ti. Vingue ele os males que tens feito contra mim, mas não levantarei a mão contra ti.
13Como diz o provérbio antigo: 'Dos ímpios vêm coisas ímpias'; por isso, não levantarei minha mão contra ti.
14"Contra quem saiu o rei de Israel? A quem está perseguindo? A um cão morto! A uma pulga!
15O Senhor seja o juiz e nos julgue. Considere ele minha causa e a sustente; que ele me julgue, livrando-me de tuas mãos".
16Tendo Davi falado todas essas palavras, Saul perguntou: "É você, meu filho Davi?" E chorou em alta voz.
17"Você é mais justo do que eu", disse a Davi. "Você me tratou bem, mas eu o tratei mal.
18Você acabou de mostrar o bem que me tem feito; o Senhor me entregou em suas mãos, mas você não me matou.
19Quando um homem encontra um inimigo e o deixa ir sem fazer-lhe mal? O Senhor o recompense com o bem, pelo modo com que você me tratou hoje.
20Agora tenho certeza de que você será rei e de que o reino de Israel será firmado em suas mãos.
21Portanto, jure-me pelo Senhor que você não eliminará meus descendentes nem fará meu nome desaparecer da família de meu pai".
22Então Davi fez seu juramento a Saul. E este voltou para casa, mas Davi e seus soldados foram para a fortaleza.

1 Samuel 25

David, Nabal e Abigail

1Samuel morreu, e todo o Israel se reuniu e o pranteou; e o sepultaram onde tinha vivido, em Ramá.
Depois Davi foi para o deserto de Maom.
2Certo homem de Maom, que tinha seus bens na cidade de Carmelo, era muito rico. Possuía mil cabras e três mil ovelhas, as quais estavam sendo tosquiadas em Carmelo.
3Seu nome era Nabal e o nome de sua mulher era Abigail, mulher inteligente e bonita; mas seu marido, descendente de Calebe, era rude e mau.
4No deserto, Davi ficou sabendo que Nabal estava tosquiando as ovelhas.
5Por isso, enviou dez rapazes, dizendo-lhes: "Levem minha mensagem a Nabal, em Carmelo, e cumprimentem-no em meu nome.
6Digam-lhe: Longa vida para o senhor! Muita paz para o senhor e sua família! E muita prosperidade para tudo o que é seu!
7"Sei que você está tosquiando suas ovelhas. Quando os seus pastores estavam conosco, nós não os maltratamos, e, durante todo o tempo em que estiveram em Carmelo, nada que fosse deles se perdeu.
8Pergunte a eles, e eles lhe dirão. Por isso, seja favorável, pois estamos vindo em época de festa. Por favor, dê a nós, seus servos, e a seu filho Davi o que puder".
9Os rapazes foram e deram a Nabal essa mensagem, em nome de Davi. E ficaram esperando.
10Nabal respondeu então aos servos de Davi: "Quem é Davi? Quem é esse filho de Jessé? Hoje em dia muitos servos estão fugindo de seus senhores.
11Por que deveria eu pegar meu pão e minha água, e a carne do gado que abati para meus tosquiadores, e dá-los a homens que vêm não se sabe de onde?"
12Então, os mensageiros de Davi voltaram e lhe relataram cada uma dessas palavras.
13Davi ordenou a seus homens: "Ponham suas espadas na cintura!" Assim eles fizeram e também Davi. Cerca de quatrocentos homens acompanharam Davi, enquanto duzentos permaneceram com a bagagem.
14Um dos servos disse a Abigail, mulher de Nabal: "Do deserto, Davi enviou mensageiros para saudar o nosso senhor, mas ele os insultou.
15No entanto, aqueles homens foram muito bons para conosco. Não nos maltrataram, e, durante todo o tempo em que estivemos com eles nos campos, nada perdemos.
16Dia e noite eles eram como um muro ao nosso redor, durante todo o tempo em que estivemos com eles cuidando de nossas ovelhas.
17Agora, leve isso em consideração e veja o que a senhora pode fazer, pois a destruição paira sobre o nosso senhor e sobre toda a sua família. Ele é um homem tão mau que ninguém consegue conversar com ele".
18Imediatamente, Abigail pegou duzentos pães, duas vasilhas de couro cheias de vinho, cinco ovelhas preparadas, cinco medidas de grãos torrados, cem bolos de uvas passas e duzentos bolos de figos prensados, e os carregou em jumentos.
19E disse a seus servos: "Vocês vão na frente; eu os seguirei". Ela, porém, nada disse a Nabal, seu marido.
20Enquanto ela ia montada num jumento, encoberta pela montanha, Davi e seus soldados estavam descendo em sua direção, e ela os encontrou.
21Davi tinha dito: "De nada adiantou proteger os bens daquele homem no deserto, para que nada se perdesse. Ele me pagou o bem com o mal.
22Que Deus castigue Davi, e o faça com muita severidade, caso até de manhã eu deixe vivo um só do sexo masculino de todos os que pertencem a Nabal!"
23Quando Abigail viu Davi, desceu depressa do jumento e prostrou-se perante Davi com o rosto em terra.
24Ela caiu a seus pés e disse: "Meu senhor, a culpa é toda minha. Por favor, permite que tua serva te fale; ouve o que ela tem a dizer.
25Meu senhor, não dês atenção àquele homem mau, Nabal. Ele é insensato, conforme o significado do seu nome; e a insensatez o acompanha. Contudo, eu, tua serva, não vi os rapazes que meu senhor enviou.
26"Agora, meu senhor, juro pelo nome do Senhor e por tua vida que foi o Senhor que te impediu de derramar sangue e de te vingares com tuas próprias mãos. Que teus inimigos e todos os que pretendem fazer-te mal sejam castigados como Nabal.
27E que este presente que esta tua serva trouxe ao meu senhor seja dado aos homens que te seguem.
28Esquece, eu te suplico, a ofensa de tua serva, pois o Senhor certamente fará um reino duradouro para ti, que travas os combates do Senhor. E, em toda a tua vida, nenhuma culpa se ache em ti.
29Mesmo que alguém te persiga para tirar-te a vida, a vida de meu senhor estará firmemente segura como a dos que são protegidos pelo Senhor, o teu Deus. Mas a vida de teus inimigos será atirada para longe como por uma atiradeira.
30Quan­do o Senhor tiver feito a meu senhor todo o bem que prometeu e te tiver nomeado líder sobre Israel,
31meu senhor não terá no coração o peso de ter derramado sangue desnecessariamente, nem de ter feito justiça com tuas próprias mãos. E, quando o Senhor tiver abençoado a ti, lembra-te de tua serva".
32Davi disse a Abigail: "Bendito seja o Senhor, o Deus de Israel, que hoje a enviou ao meu encontro.
33Seja você abençoada pelo seu bom senso e por evitar que eu hoje derrame sangue e me vingue com minhas próprias mãos.
34De outro modo, juro pelo nome do Senhor, o Deus de Israel, que evitou que eu fizesse mal a você, que, se você não tivesse vindo depressa encontrar-me, nem um só do sexo masculino pertencente a Nabal teria sido deixado vivo ao romper do dia".
35Então Davi aceitou o que Abigail lhe tinha trazido e disse: "Vá para sua casa em paz. Ouvi o que você disse e atenderei ao seu pedido".
36Quando Abigail retornou a Nabal, ele estava dando um banquete em casa, como um banquete de rei. Ele estava alegre e bastante bêbado, e ela nada lhe falou até o amanhecer.
37De manhã, quando Nabal estava sóbrio, sua mulher lhe contou tudo; ele sofreu um ataque e ficou paralisado como pedra.
38Cerca de dez dias depois, o Senhor feriu Nabal, e ele morreu.
39Quando Davi soube que Nabal estava morto, disse: "Bendito seja o Senhor, que defendeu a minha causa contra Nabal, por ter me tratado com desprezo. O Senhor impediu seu servo de praticar o mal e fez com que a maldade de Nabal caísse sobre a sua própria cabeça".
Então Davi enviou uma mensagem a Abigail, pedindo-lhe que se tornasse sua mulher.
40Seus servos foram a Carmelo e disseram a Abigail: "Davi nos mandou buscá-la para que seja sua mulher".
41Ela se levantou, inclinou-se com o rosto em terra e disse: "Aqui está a sua serva, pronta para servi-los e lavar os pés dos servos de meu senhor".
42Abigail logo montou num jumento e, acompanhada por suas cinco servas, foi com os mensageiros de Davi e tornou-se sua mulher.
43Davi também casou-se com Ainoã, de Jezreel; as duas foram suas mulheres.
44Saul, porém, tinha dado sua filha Mical, mulher de Davi, a Paltiel, filho de Laís, de Galim.

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